Na terça, dia 10 de dezembro, o SINTUDESC realizou o Fórum dos Técnicos e Técnicas da UDESC sobre o Plano de Carreiras com a participação do economista Maurício Mulinari e da Professora Doutora em Serviço Social da UFSC, Edivane de Jesus. Na avaliação da diretoria do SINTUDESC, a proposta apresentada pela Reitoria é ousada na medida que responde a uma série de reivindicações históricas da categoria, várias delas já aprovadas no CONSUNI, e precisará de muita mobilização para ser implementada.
Os principais avanços da proposta são a redução das diferenças salariais entre os técnicos, a criação de novos níveis e classes possibilitando a continuidade das promoções nas carreiras, a promoção de classe para TUD por horas de capacitação, a criação do auxílio creche, a garantia da promoção de classe durante o estágio probatório e a remuneração para quem é designado para comissão institucional.
Contudo, a criação de uma data-base, que já foi aprovada no CONSUNI em 2011, para que a categoria possa organizar a luta pelo reajuste salarial anual que corrige as perdas inflacionárias e evitar os atrasos é pauta da categoria e não consta no projeto. A garantia de que a UDESC tenha autonomia para usar o orçamento próprio para fazer o reajuste inflacionário dos salários também é uma necessidade.
De acordo com Karin Vanelli, coordenadora do SINTUDESC, “a gente sabe que ainda precisamos conhecer o texto final da proposta, pois nos detalhes se definem muitas situações. E graças ao avanço do movimento de técnicos que tem nos acompanhado, participado cada vez mais do debate, temos mais força e seguiremos exigindo o nosso direito de participar dessa elaboração do plano”.
Agora, técnicos e técnicas da UDESC têm até fevereiro, antes da entrada da proposta na Câmara de Administração e Planejamento (CAP), para apresentar eventuais ajustes e negociar a inclusão deles no projeto. O SINTUDESC vai manter canais para que a categoria contribua no debate, mas também vai fazer uma assembleia para a categoria definir os ajustes que serão propostos.
GOVERNO NEGA REAJUSTE DO VRV E VALE EM 2024
Ainda na terça, dia 10 de dezembro, o reitor da UDESC, José Fernando Fragalli, recebeu a coordenação do SINTUDESC para informar que o Secretário de Fazenda do Estado, Cleverson Siewert, disse que o Governo não daria reajuste para o serviço público este ano. Com isso, o governo Jorginho Mello (PL) quebra o “acordo” que tinha com a gestão da UDESC de que liberaria até 65% dos recursos da própria universidade para investimento na folha salarial de professores e técnicos.
Agora, a coordenação do SINTUDESC e a reitoria se reúnem novamente na quinta, dia 12 de dezembro, para conversar sobre a recuperação das perdas de 14,93% acumuladas nos últimos anos. Na avaliação da diretoria do SINTUDESC, a Reitoria errou ao evitar a participação sindical nesse processo, pois o Sindicato pode compor estratégias de avanço em negociações salariais, equacionado a pressão sobre o Governo.
Ainda de acordo com a coordenadora do SINTUDESC, “é justamente por isso que precisamos incluir a data-base e a autonomia da universidade para reajustes inflacionários no debate do Plano de Carreiras. Isso já existe em outros órgãos do Estado que recebem duodécimo e, onde ele já existe, o dispositivo tem garantido pelo menos a reposição inflacionária das categorias anualmente.”
LIBERAÇÃO SINDICAL
Também na quinta, 12 de dezembro, a coordenação do SINTUDESC vai pedir o compromisso do reitor com a dispensa sindical de ao menos 3 dias da semana para realização do trabalho sindical junto à categoria. A legislação prevê a dispensa integral de dirigentes sindicais. Além de um direito, a liberação foi uma promessa de campanha de Fragalli que ainda não foi encaminhada. Os coordenadores do SINTUDESC têm sofrido pressão ao se ausentar do local de trabalho para realizar e acompanhar as atividades sindicais.
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